quinta-feira, 26 de março de 2009

Hay gobierno?

Vivemos em um país em que não sós os cupins, mas também as baratas, traças, percevejos, ratos e tantas outras pragas da política, opa, até mesmo tucanos, ia me esquecendo, essas pragas, enfim, roem o Estado e instalam a descrença na política.

Isso faz com que a gente até comece a aceitar que a falta de diferenças de conduta é algo realmente sem remédio. É que fica parecendo que essa história de que é tudo igual não é só coisa do PT de Lula em seu esforço combinado para fazer da corrupção e da trapaça a marca de caráter mediana do homem público. A persistência deles faz parecer que é assim mesmo: política é só sarjeta, sem projeto algum a não ser passar a mão no dinheiro público e conquistar poder e mais poder.

Mas aí surgem vozes de fora que dão alento pra gente. Com uma pequena interferência verbal em um assunto grave mostram que existem diferenças, sim. Que tem gente que quer trabalhar com seriedade.

Com uma fala simples, mas carregada de franqueza, dão até a esperança de que um dia essa postura apareça por aqui e possamos descer a lenha nos criminosos que vêm fazendo tanto mal ao país. Mas isso em conjunto com uma análise séria sobre as causas reais dos nossos problemas.

Foi Hillary Clinton, a secretária de Estado que por pouco não foi presidente, quem disse no México: “Nossa insaciável demanda por drogas ilegais alimenta o tráfico de drogas. Nossa incapacidade para prevenir que armas sejam ilegalmente traficadas pela fronteira provoca a morte de criminosos, policiais, soldados e civis. Sinto profundamente que temos corresponsabilidade”.

O "nossa", na fala dela, se refere aos Estados Unidos, com sua culpa pelo grave problema da criminalidade no México. Temos que esperar as ações de fato, é verdade, mas a simples admissão de que o o problema mexicano é de responsabilidade mútua dos dois países, inclusive nas causas, já parece apontar para atitudes diferentes das praticadas até agora pelo governo norte-americano.

É... não são todos iguais não, companheiros. Bem que o Brasil, que copia tudo dos Estados Unidos, podia copiar isso também.
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POR José Pires

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