terça-feira, 21 de abril de 2009

Viajando nas justificativas

Gabeira justificou o uso indevido das passagens com um argumento manjado: era prática na Casa. Bem, tanta coisa é prática naquela Casa. Acho até que, em parte, Gabeira foi colocado lá exatamente para ser crítico a estas práticas e não ser contaminado por elas.

É claro que ele está arrependido. Mas o pior é que, talvez animado com microfones e repórteres anotando suas palavras, encarnou o velho Gabeira e defendeu normas para o assunto. Bem, não sei o que o deputado e seus assessores andam lendo, mas desde o início do escândalo os jornais e sites informam que a cota de passagens aéreas é de uso exclusivo dos parlamentares. E será possível que algum adulto, ainda mais com a inteligência de Gabeira, pode imaginar que a cota é para uso de parentes ou, vou usar de novo, pois gostei, de terceiros?

Parece papo de político que diz que fumou maconha, mas não tragou.
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POR José Pires

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