sexta-feira, 23 de abril de 2010

Boa forma, amor e buchada de bode

Para dar um tom local ao diálogo, o entrevistador perguntou também sobre buchada de bode e depois mostrou intimidade comentando sobre a forma física da candidata e sua vida amorosa. Vamos ver como ela se saiu nas três questões.

Sobre a buchada de bode: “Eu comi já uma buchada. Não é a coisa que eu mais gosto no mundo, não. Não vou menti pra ti. Mas não acho ruim também. Mas também porque ficou o presidente me dizendo: é a melhor coisa do mundo. E eu comi com essa coisa na cabeça, que era a melhor coisa do mundo”.

E sobre a silhueta. Primeiro o entrevistador comenta o seguinte: "Quando eu lhe via pela TV, eu achava que a senhora era uma mulher de 1 metro e 90 e lhe achava gorda. Quando reencontrei com a senhora no sertão de Pernambuco, a senhora magrinha. A senhora pesa muito?" Aí então Dilma manda ver: "Olha, eu daquele dia pra cá andei engordando uns quilinhos". Mas o entrevistador não deixa a conversa esfriar: "É, a senhora está um pouco mais forte, é verdade". E aí Dilma finaliza: "Tô com uns três quilo (sic) a mais. (…) Agora, esse negócio da gente crescê ou engordá, cê sabe que a televisão engorda a gente, mas crescê eu não sabia, não".

Depois veio o papo sobre as paixões. Nem tinha pensado nisso, mas este tipo de assunto sempre lembra os especialistas petistas na área, como a sexóloga Marta Suplicy, que gosta de perguntar se a pessoa é casada e se tem filhos. Mas na falta a Marta, o jornalista da rádio pernambucana, que estava num dia quente e excitante, soltou a pergunta: "Está apaixonada?" Dilma respondeu: "Não, não estou, não, mas acho assim lamentável. Acho que as pessoas todas deveriam se apaixonar, porque a gente fica mais vivo, né, mais esperto".

Com eu disse, é o tipo de coisa que até a gente, que está em casa, não deixa de se constranger. Porém, além do desconcerto isso pode acarretar também um desconserto na campanha. O PT está insatisfeito com este rumo e os marqueteiros lutam para fazer uma Dilma melhor. É um trabalho de leão para tão pouco tempo, mas o pessoal ganha bem e, como a Rede Globo, pode fazer mais.
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POR José Pires

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