sábado, 26 de junho de 2010

Criando crise por conta própria

Como eu dizia, tucano é fogo. É provável que a maioria desses bichos tolos tenham acordado. Ainda que meio tarde, políticos tucanos dão a impressão de que começam a entender que a eleição deste ano pode ser o fecho para o encaminhamento de um modelo parecido com o que Hugo Chávez implantou na Venezuela. No DEM parece que isso também acontece, mas ocorre que muitos tentam se contrapor a isso com truculência no discurso e acabam é fazendo o jogo deste projeto autoritário.

Agora os tucanos dão a impressão de terem entendido o que se passa, mas não conseguem encontrar unidade política para pôr a caminho a ação prática para interromper este projeto autoritário: eleger José Serra.

Serra é um dos políticos brasileiros que sabem muito bem o risco que corremos, até porque ele conhece bem a tigrada da esquerda. Afinal, não faz tempo que todos dançavam juntos na mesma gafieira paulistana.

A crise do vice de Serra, absurda e completamente idiota porque foi gerada pelos próprios tucanos, comprova muito bem esta dificuldade política. A coisa é tão idiota que até parece que a coordenação de campanha de Dilma Rousseff está dando uma mão para Serra. Só falta alguém começar a fazer um dossiê.

Penso que deviam mudar os símbolos e a realidade política dos Estados Unidos por ajudar muito na escolha. Os Democratas deviam usar o elefante, que nos EUA é símbolo do Partido Republicano, que é mais a cara dos Demos. E o PSDB, que é na verdade o Partido Democrata, devia trocar o tucano pelo burro usado lá pelos republicanos.

Mas voltemos aos nossos tucanos, este bicho político difícil de se lidar, e o paquidérmico DEM, um partido cuja inabilidade política está na própria reformulação marqueteira de seu nome, que passou de PFL para DEM, uma sigla que lembra DEMO num eleitorado que ou é católico ou crente. Um gênio o marqueteiro que bolou essa sigla.

Mas é lamentável que os dirigentes (demistas, demoníacos, dementes?) que aprovaram não percebessem que foi era um marqueteiro petista.

O partido que como uma grande contribuição política neste ano de eleição trouxe os panetones de sua liderança nacional, o governador cassado Arruda, bate o pé para ter voz em um projeto político de governo que, se vitorioso, terá um trabalhão danado para consertar os desastres infraestruturais do país e ainda agüentar o clima de guerrilha que será imposto pelos derrotados.

Seja qual for o desfecho desta crise, o que fica é um excelente material de campanha. Para a campanha da candidata do Lula, bem entendido.
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POR José Pires

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