segunda-feira, 14 de abril de 2008

A gente não quer só exportação

Cada país tem o governo que merece. E a oposição também. Há meses que os alimentos vêm subindo nos mercados, feiras livres e supermercados. Só não vê quem não faz compras ou não está atento à vida cotidiana do brasileiro.

E agora, impulsionados pelo FMI e o debate internacional, é que se começa a falar em alta do custo dos alimentos por aqui. Está certo: políticos e jornalistas não vivem o dia-a-dia do brasileiro comum. Mas não deixa de ter sua utilidade que os estrangeiros comecem esse papo. Até os tucanos já perceberam que algo vai mal no mercado de alimentos.

Mais uns meses e pode-se até descobrir que o mercado internacional de commodities até influi no problema, mas não é determinante. Além de ser mais embaixo o buraco é por aqui mesmo. O preço do feijão sobe é por falta de planejamento e de uma política agrícola que inclua a produção de alimentos para o consumo interno.

Ah, também ajuda se o presidente Lula parar de sair pelo mundo afora incentivando os agricultores a plantar cana para fabricar etanol.
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POR José Pires

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