terça-feira, 1 de abril de 2008

A coisa funciona mesmo

É uma tese nossa que não há porque ter dúvidas quanto ao futuro. Vivemos em um país com um planejamento eficaz, de modo que podemos ter a certeza de que o desastre virá. Mais cedo ou mais tarde o avião cai, a saúde degringola, a dengue aumenta, o político rouba, e por aí vai.

Como o desastre é inevitável, o desrespeito garantido e a tragédia social sempre expandida com medidas eficazes tanto da parte do governo quanto do cidadão, este é um país sem surpresas para alterar o nosso cotidiano.

Agora, por exemplo, o Banco Central baixou normas sobre o valor de tarifas bancárias. Estas só poderão ter aumento 180 dias depois de definidas. Um “congelamento”, digamos assim, preventivo, para garantir os direitos do consumidor de serviços bancários.

Banco respeitando o consumidor seria algo até incômodo para o pobre do brasileiro. Não havendo o costume, a gente leva tempo para se acostumar. E neste caso singular, haja capacidade para a adaptação.

Mas não se preocupe. Os bancos já deram um jeito para livrar seus clientes de tal chateação. Para driblar a norma, algumas instituições financeiras já aumentaram os preços ou vão passar a cobrar por serviços que antes eram gratuitos.
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POR José Pires

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