sábado, 13 de outubro de 2007

Chávez e seu projeto cala-boca
O show do cantor espanhol Alejandro Sanz, que deveria acontecer na Venezuela no dia 1º de novembro foi proibido ontem pelo governo. Sans teve cancelada sua apresentação em um estádio administrado pelo governo. O motivo foram as críticas à Chávez e sua revolução bolivariana feitas pelo cantor em 2004, quando se apresentou no país.

Cerca de 15.000 pessoas iriam ao show, que tinha todos os ingressos já vendidos. Há alguns meses Hugo Chávez alertou que estrangeiros poderão ser expulsos da Venezuela se forem ao país para criticar o presidente e sua pauta política.

“Se um cantor vem à Venezuela e pede um espaço público, terá toda a imprensa a seu dispor, terá tudo para se apresentar como artista, mas não para vir falar mal do nosso país e de seus governantes”, disse o ministro da Educação Superior, Luis Acuna, em entrevista a um programa de rádio.

Notem a semelhança dessa atitude com o episódio da expulsão do correspondente do New York Times, Larry Rotther, e também com as tentativas do governo Lula de manietar a arte e de deter o controle político sobre a mídia. Isso não deu certo aqui, mas é evidente que do ponto de vista ideológico a relação Lula-Chávez é uma via de mão única. O modelo chavista influencia muito mais o modelo petista que vice-versa.

Isso revolta, mas não surpreende. Há muito que a dita “revolução bolivariana” revela um jeito de ditadura. E esse tipo de governo só aceita mesmo arte a favor. Também só serão recebidos com respeito estrangeiros que puxem o saco de Chávez. E o mais chato é que tem um monte de esquerdistas brasileiros prontos para fazer este papel ridículo.
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POR José Pires

Um comentário:

António Veríssimo disse...

Oi seu Pires!

Então e não há um cartoon para Chavez?

Abraço