Os políticos brasileiros estão sempre estragando a piada. A gente faz humor aqui, como fiz ontem, colocando na boca do presidente Lula a justificativa de que seu secretário nacional de Justiça tem só uma amizade estreita com o chefe mafioso, nada mais que isso, e logo vem um político e diz a coisa literalmente. Assim não dá pra trabalhar, companheiro!
Quem disse a pérola foi o pai do Tuminha, o Tumão, ou senador Romeu Tuma, do notório PTB, que veio em defesa do filho: "Amizade nós temos até o momento em que se acha que a pessoa não cometeu qualquer ilícito. A partir do momento que você considera que ela tenha praticado, não pode ser solidário com a prática de ilícitos".
É o tempo todo assim. A gente se esfalfa pra fazer o melhor para o leitor e vem um deputado, muitas vezes um senador, ou ministro, e até o presidente da República — esse, quase sempre — com a piada da gente. Só que é a sério.
Ontem o ministro da Justiça, esse que ninguém lembra o nome, mas que foi colocado lá pelo ministro anterior, o Tarso Genro, dizia que não há indícios para tirar Tuma Júnior do cargo. Aí a gente se preocupa. Se é normal no ministério da Justiça o secretário nacional da Justiça bater um papinho ao telefone com um chefe mafioso, então não digam o que é feito escondido, senão eu saio gritando por socorro.
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POR José Pires
Quem disse a pérola foi o pai do Tuminha, o Tumão, ou senador Romeu Tuma, do notório PTB, que veio em defesa do filho: "Amizade nós temos até o momento em que se acha que a pessoa não cometeu qualquer ilícito. A partir do momento que você considera que ela tenha praticado, não pode ser solidário com a prática de ilícitos".
É o tempo todo assim. A gente se esfalfa pra fazer o melhor para o leitor e vem um deputado, muitas vezes um senador, ou ministro, e até o presidente da República — esse, quase sempre — com a piada da gente. Só que é a sério.
Ontem o ministro da Justiça, esse que ninguém lembra o nome, mas que foi colocado lá pelo ministro anterior, o Tarso Genro, dizia que não há indícios para tirar Tuma Júnior do cargo. Aí a gente se preocupa. Se é normal no ministério da Justiça o secretário nacional da Justiça bater um papinho ao telefone com um chefe mafioso, então não digam o que é feito escondido, senão eu saio gritando por socorro.
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