domingo, 16 de setembro de 2007

Apagando fatos da história brasileira

Assumir o relacionamento depois, é outra história. Renan Calheiros não assume as relações com ninguém. Só aproveita. E não estou falando de Mônica Veloso. Estou falando da história do Brasil. Caso tivesse mais poder, talvez ele fizesse como Stálin – ídolo de seu partido de juventude, o PCdoB –, apagando os desafetos nas fotos históricas.

É a bela relação com Collor, esta convivência até fraterna, que Renan Calheiros esconde em sua página pessoal na internet. A única menção a este período está em uma frase: “Em 1990, Renan Calheiros foi Líder do Governo na Câmara dos Deputados”. E só isso. Não informa de qual “governo” o senador foi líder. Pois foi de Collor.

De 1990, a biografia salta para 1992, apagando todo este importante trecho da nossa história. Em 1992, o senador já aparece como vice-presidente executivo da Petrobrás Química (Petroquisa), sinecura obtida com Itamar Franco, o vice que assumiu no lugar do presidente que sofrera o impeachment. O mesmo presidente que Calheiros, o amigo Collor, o companheiro que ajudou a eleger e que sumiu da sua biografia.
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POR José Pires

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