sábado, 22 de setembro de 2007

Noam Chomsky, o triste guru da esquerda

Voltando à entrevista ao suplemento do Valor Econômico, nela Camille Paglia, entre outras coisas bem interessantes, fala algo que vale destacar. É sobre Noam Chomsky, guru americano para quem a esquerda brasileira cai de quatro. Chomski, diz ela, “tem uma visão muito sombria e distorcida do mundo. Tudo é negativo no universo dele. Será que o cara nunca sente nenhum prazer? (...) A visão dele é uma má influência para as pessoas. Não tem uma visão alternativa. Não defende a nossa imaginação ou o nosso prazer. Só há um ódio rancoroso contra as figuras de autoridade, ódio contra isso, ódio contra aquilo... Por isso, a esquerda tem tanta dificuldade”.

Camille Paglia é assim. Note só o fogo que ela taca no rabo da esquerda. E ela tem razão, em boa parte, em sua opinião sobre Chomski. Comecei a desconfiar muito quanto às opiniões dele sobre situações geograficamente fora do nosso alcance, quando li algumas observações suas sobre o governo Lula, que conhecemos bem. Eram opiniões categóricas – Chomski é sempre assim – e bem levianas, lançadas apenas para marcar posição ideológica. Opinando sobre situações brasileiras, Chomski chuta alto. Nem teria tempo para estudar nossa realidade política, mas parece se sentir obrigado a emitir opiniões que agrade a seu público de esquerda.

Então, quando Chomski opina sobre, digamos, o Iraque, nao se deve aceitar a informação sem a exigência imediata de um conteúdo que dê base ao pitaco, quase sempre meramente ideológico. Outro que é assim é Michael Moore, o autor de Fahrenheit 9/11 e Tiros em Columbine. Ele é um cascateiro. Em seu livro, “Cara, Cadê Meu país”, Moore escreve na introdução à edição brasileira um elogio descarado à Lula e seu governo. A introdução foi escrita antes do governo Lula começar e Moore fala de um governo esquerdista e triunfante sobre o liberalismo.

Deu azar na sua batatada. O governo Lula deu no que deu, o que não é supresa para quem o acompanha de perto desde sua primeira tentativa de ser presidente. O que ocorre é que Moore escreveu movido apenas por ideologia, um motor que exige que a realidade se amolde ao discurso, o que não ocorreu aqui. Vai mudar a introdução nas próximas edições? Não vi ainda, mas duvido que o faça. Para gente assim, vale falser a realidade, desde que isso dê um bom proveito para seus interesses.
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POR José Pires

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