domingo, 26 de agosto de 2007

Corrupção facilita a vida de megatraficantes no Brasil

As prisões dos colombianos Juan Carlos Abadía e Gustavo Durán Bautista no Brasil comprova que nosso país tornou-se um dos destinos preferidos pelos megatraficantes de cocaína. Aquela conhecida cena de filme americano em que o bandido acaba fugindo para o Brasil, torna-se realidade.

Segundo reportagem publicada pela “Folha de S. Paulo” neste domingo, a Polícia Federal e policiais dos Estados Unidos tem indicações de que companheiros de cartel de Abadía podem estar no Brasil. Um dos suspeitos está entre os cinco traficantes mais procurados pelos EUA. A matéria é chamada de capa do jornal.

Segundo especialistas da PF, juízes federais e procuradores, existe uma razão principal para explicar esta atração dos traficantes pelo Brasil. É a corrupção.

A facilidade da lavagem de dinheiro por aqui, o suborno de policiais e o uso de “laranjas”, testas-de-ferro que compram bens com dinheiro vivo, tornam fácil a vida dos megatraficantes no Brasil. O jornal informa que somente em imóveis Abadía teria aplicado cerca de R$ 8 milhões.

“É muito fácil lavar dinheiro no Brasil. O controle é muito precário”, disse ao jornal Luiz Roberto Ungaretti Godoy, delegado da PF que trabalha na Delegacia de Repressão a Entorpecentes e ajudou a investigar Duran Batista até sua prisão no Uruguai.

O Brasil se tornou mais seguro do que países como a Venezuela que, por causa do antiamericanismo de seu presidente Hugo Chávez, não tem escritório da poderosa DEA (Drug Enforcement Administration), a agência antidrogas dos EUA que é temida pelos narcotraficantes.

A reportagem da ‘Folha de S. Paulo” informa que Abadía estava na Venezuela antes de vir ao Brasil há quatro anos aparentemente em busca de refúgio por temer ataques de seus inimigos da Colômbia, que faz fronteira com a Venezuela.
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POR José Pires

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