quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Promotor manda mensagem: aqui não

Também relacionado a supostos desvios de recursos nas obras da Avenida Água Espraiada, no início de março deste ano Paulo Maluf foi indiciado em Nova York, por remessa ilegal de dinheiro. Segundo a promotoria de Nova York, Maluf é acusado de ter enviado U$ 11,5 milhões do Brasil para um banco americano.

Os outros indiciados são seu filho Flávio Maluf; Simeão Damasceno de Oliveira, diretor financeiro de uma empreiteira brasileira envolvida no esquema; Joel Guedes Fernandes, tesoureiro da empresa; e o doleiro Vivaldo Alves.

O ex-prefeito de São Paulo e agora deputado federal teve a prisão decretada pela justiça americana. No Brasil, Maluf é acusado de corrupção há tempos e chegou a ficar 40 dias preso junto com o filho na Polícia Federal em São Paulo, em 2005, acusado de lavagem de dinheiro.

A acusação nos Estados Unidos do desvio de US$11,5 milhões pode ser comprovada com notas em poder da promotoria, mas o procurador de Nova York, Robert Morgenthau, afirma que o valor pode ser bem maior. “Acreditamos que ele tenha roubado U$ 120 milhões naquele projeto”, afirmou Morgenthau ao jornal” O Globo” em abril deste ano.

Na época, em nota oficial, o procurador de Nova York afirmou o seguinte: “Como prefeito de São Paulo, Paulo Maluf e seus cúmplices subtraíram os cofres da cidade e usaram Nova York como canal para transferir recursos roubados para offshore porque acreditou que não seria investigado. O indiciamento de hoje manda a seguinte mensagem: não permitiremos que Nova York seja usada para procedimentos ilegais".
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POR José Pires

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