quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Julgamento dos 40 preocupa o PT

Apesar da bravata lançada anteontem em Brasília pelo deputado cassado José Dirceu, que disse esperar que o STF acate a denúncia contra os 40 acusados no esquema do “mensalão” e faça logo o julgamento, os petistas estão muito preocupados com a decisão do tribunal.

O STF vai analisar a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que acusa Dirceu de ser o chefe de uma “organização criminosa” instalada no governo para desviar recursos. O ex-deputado, que foi um dos ministros mais fortes do governo Lula, foi cassado pela Câmara Federal no desfecho da “CPI do Mensalão”.

A análise da denúncia do procurador será feita pelo STF nos dias 22, 23 e 24 deste mês. Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, a situação é vista como preocupante pelo governo Lula, que não acredita que o seu ex-ministro escape dessa.

Entre os petistas que serão julgados estão ainda os deputados José Genoíno (SP, ex-presidente do PT, e João Paulo Cunha (SP). Outras ilustres figuras do partido e com ligação histórica com o presidente Lula estão na lista.

Vamos a eles, estão com seus cargos na época do escândalo: Delúbio Soares, tesoureiro do PT; Silvio Pereira, secretário-geral do PT; Professor Luizinho, deputado petista e líder do governo Lula; Paulo Rocha, deputado, líder do PT; também na lista dos 40 está o publicitário Duda Mendonça, antigo malufista, responsável pela campanha de Lula de 2002 e bem próximo do presidente.

A decisão do STF será em data próxima a do 3º Congresso do PT e o líderes do partido temem que o fato influa na disputa entre tendências, desfavorecendo o antigo Campo Majoritário. A tendência que domina o partido tem suas antigas lideranças, Dirceu à frente, acusadas no processo.

Mas é evidente que o maior temor do PT e do governo Lula é a volta para a pauta política do tema do “Mensalão”, trazendo novamente a discussão sobre a corrupção que envolveu o PT e o governo Lula em um dos maiores escândalos de corrupção da nossa história.
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POR José Pires

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