sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Herança

O que anda ocorrendo no país mostra que quando são flagradas em um comportamento alheio à ética as pessoas sempre encontram uma justificativa para seu ato. Pode ser na relação partidária, no descuido com as relações interpessoais, na pressão das circunstâncias ou até mesmo no “faço porque todos fazem”, como diz aquele presidente que em seu passado era supostamente inflexível quanto a comportamento aéticos.

Não acredite em nada disso. Existe uma porção de coisas na vida que de modo algum devemos fazer. Eu tenho muitas. Um bom bocado disso que não faço de jeito nenhum herdei do meu pai. Acrescentei outras coisas inaceitáveis, surgidas e ressurgidas neste contexto de uma época tão diferente daquela em que o meu velho viveu. São ações que não pratico e atitudes que não tomo, mesmo que seja afirmado que tais meios apontam para um futuro grandioso.

Se a maioria das pessoas se negasse a fazer o mal, sistemas autoritários e criminosos como o nazismo dificilmente teriam a chance de se sobrepor aos valores humanos. Amigos não atraiçoariam a amizade, irmãos não se matariam pelo lucro político ou financeiro.

Pretendo passar essas regras à frente, nas mãos limpas dos meus filhos. E espero que eles acrescentem algo e passem para os meus netos. Penso que é um bom modo para que eles sintam sempre a minha presença já que, certamente, pouca riqueza material terei para deixar. E também porque se a maioria agir assim, talvez um dia tenhamos um País melhor.
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POR José Pires

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá
Meu nome é Cláudio Osti, sou jornalista, e estou precisando de umas fotos do movimento no Calçadão de Londrina para ilustrar uma matéria que será publicada na revista do Sescap-Ldr. Vocês podem ceder?
claudioosti@hotmail.com

Anônimo disse...

Boa colocação. O que mais temos para deixar para nossos filhos é anossa honestidade e anossa ética.